domingo, 16 de maio de 2010

Saboreando palavras, cheirando sentidos e conhecendo intenções


Aqui estou eu, imaginando imaginar como começar esse texto. Não que seja uma tarefa difícil, pelo contrário... A dificuldade reside exatamente em organizar tantas palavras, ideias e suas explosões de sentidos. Tentar esclarecer o que já é bem claro pra mim. E nesse caminho me pergunto como fazer diferente dos outros 40, 50 colegas. E tornar a leitura do meu texto um tanto prazeroso, embora retrate um mesmo assunto. A diferença talvez resida não no que eu escrevo, mas COMO eu escrevo. Analisando essa frase, entende-se que o primeiro plano transcorre através da inteligência (pensar), o segundo é a decisão do que você vai fazer (criatividade) e terceiro como você vai fazer (inventividade).
Era um homem, e três tipos de amendoim: o torrado, cozido e o doce. Nas areias de Maceió, o que mais se via, eram homens como ele, carregando um balde de amendoins para um lado e para o outro. E ele seria apenas mais um.
Mas ele fez diferente. O homem foi abraçado ao seu balde e humildemente se entrosava num círculo de amigos e lá contava suas estórias e piadas. E nessa mesma espontaneidade, arrancava sorrisos e olhares atentos (o que normalmente não acontece, quando alguém te futuca e diz, “vai um amendoinzinho ai patroa?”). E nesse espaço de interação, a compra do amendoim já não era realizada pela vontade de comer das pessoas, mas pelo contato ali realizado. Lembrando, que ao responder o preço do amendoim, ele jamais falava no singular, era sempre três pacotinhos: o torrado, cozido e o doce, por R$ 5,00 reais. E me diga... Quem era capaz de recusar-se a comprar esses três pacotinhos, diante de tanta graciosidade?
O vendedor de amendoins, na mesma situação de tantos outros, pensou diferente, e fez diferente. E além de vender todos os amendoins, conseguiu conquistar novos clientes. É isso que designo de inteligência, criatividade e inventividade.
Engraçado que sempre me questiono sobre a palavra criatividade e inventividade, principalmente entre casais, que quando se separam sempre colocam a culpa na monotonia. Então me pergunto: O que faz um casal que vive junto a mais de 30 anos? Como será a comemoração da data de aniversário de casamento? O dia dos namorados? O reveillon? Será que em todas essas datas, as comemorações são iguais as de 30 anos atrás? Será que todo o dia é a mesma rotina? (acordar, comer, trabalhar e dormir).
E ao finalizar, retomo a frase que expus no início do texto: a diferença não é o que você faz, fala, ou escuta, mas COMO você faz, fala e escuta.

Obs.:Esse cara da foto acima, é o vendedor de amendoins que tanto falei.

4 comentários:

  1. Ficou show, marrinha. Espero mais posts. Ordem da gerenciasxsxs, kkkkk ;*

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Cunha.. Adorei quando você já começa citando suas dificuldades em escrever este texto.
    Só não vou dizer que tenho medo da concorrencia
    justamente porque também busco fazer a diferença - Usando a Inteligencia, criatividade e a inventabilidade. Lindo. E gostei da pessoa de rosa na foto também. (risada). Boa sorte!

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  4. bom texto caloura, é assim nos acasos davida q a gente descobre quandes historias e lições, depois da uma olhada na minha postagem O desvastador que virou plantador.

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